A Páscoa é celebrada pelos cristãos, como o dia que Jesus ressuscitou dos mortos. Porém, muito além do milagre propriamente dito, a palavra ressuscitar, variante da palavra latina resurrectione) significa levantar-se, erguer-se. Verdade ou mito, o certo que a ocasião é uma boa oportunidade de renovar nossas expectativas sobre a vida. Crente ou não, o bonito da páscoa está em seu significado metafórico que nos empurra para o novo, para alegria, para felicidade. Um momento de reflexão, que nos proporciona uma reelaboração de nossa participação no todo. E embora, como sempre, o mundo esteja vivenciando guerras e divergências ideológicas, de todas as ordens. Embora a existência seja um terreno de controvérsias, de disputas religiosas e políticas, uma coisa podemos dar por certo: como é bom sentir que temos outra chance de recomeçar. Como é bom, sair pela manhã, com o espírito renovado e pensar que posso fazer tudo diferente. Essa sensação, embora germine no duvidoso terreno metafísico, continua fertilizando mais esperança do que desilusões. E ao contrário, sua antítese, a terra arada das certezas científicas, dos deuses de plástico, continua interrompendo ensaio de humanidade, quando a Tsunami aponta no horizonte do oceano. Saber que somos uma centelha de vida no universo é o primeiro passo para desertar.
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