Algumas coisas do mundo moderno são, no mínimo, interessantes. Você notou, que quando você liga para o serviço de atendimento ao cliente(SAC) de inúmeras empresas, como de telefonia, bancos, eletrônicos etc., nota-se que o sotaque das pessoas é de outra região do país? Muitas vezes, o sotaque típico de brasileiros que vivem no nordeste do Brasil. Isso ocorre, devido aos avanços tecnológicos e as diferenças salariais que existem dentro de um país continental como o Brasil. Por causa disso, empresas que atuam na terceirização desse tipo de serviço(Call Centers), preferem trabalhar com indivíduos que residem nessas regiões mais afastadas dos grandes centro urbanos, onde a mão de obra é mais cara e a oferta de empregos é maior, inviabilizando o negócio.
Na verdade, essa estratégia não é novidade. Grandes empresas dos EUA, no início da década de 2000, começaram a terceirizar seus SACs, contratando Call Centers na Indianos, como relata Thomas L. Friedman em seu O Mundo é Plano – “Atualmente, cerca de 245 mil indianos atendem ligações de todas as partes do mundo ou telefonam para oferecer cartões de crédito ou celulares em promoção ou fazer a cobrança de contas atrasadas. São empregos mal remunerados e de baixo prestígio nos EUA, mas na Índia são associados a uma boa remuneração e um status elevado.” No livro, Friedman atribui vantagens às características culturais do povo Indiano, que são formado por indivíduos que são mais gentis e pacíficos, facilitando lidar com as dificuldades da profissão, onde muitos são verbalmente agredidos e ignorados( não é raro as pessoas desligarem o telefone na cara das pessoas, quando recebem ligações de telemarketing).
No Brasil, essa característica é do povo nordestino, que é considerado por muitos um povo pacífico e tranqüilo, bem diferente do paulistano que é estressado e pouco tolerante.
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